domingo, 26 de julho de 2009

Hoje o dia é dela.


(som de Roberto Carlos no toca fitas - nem
lembrava como era rápido escutar o lado de uma fita.)

Um dia dela.
Pra ela.
Por ela.

"Vamos brincar de salão?"
"Já pintei de vermelho, hoje quero rosa."
"O que você gosta de escutar?"
"Olha... quanto custa esse tratamento?"
"Dois beijos por cada unha, um cafuné pelo cabelo... um abração pelo escalda-pés e mais uma vitaminha gostoso-toso-foi-vovó-que-feizi pagam."
"Me lembro quando você era pequena, e eu te levava pra tomar sol nuazinha..."
"Hoje, quem quer ver uma xereca de cabelo branco?"
"Hum... tá cheiroso esse cabelo hein?"
"Quando acordo e fico olhando pra minha casinha arrumada eu penso como e vida é gostosa..."
"Devia ter feito um bolo formigueiro..."
"A gente faz semana que vem.
Todo dia é dia da vó."

sábado, 25 de julho de 2009

Dança.

O primeiro conhecimento do mundo, anterior a palavra, é o conhecimento através de movimentos. A dança é, portanto, um modo de “ser-no-mundo”, a expressão da unidade orgânica do homem com o universo. Esta noção da dança como sinestesia integrativa, é muito antiga e tem, através da história, numerosas expressões culturais, tais como as danças primitivas, as danças órficas, as cerimônias tantricas ou as danças giratórias do Sufismo. . O poeta Jala-od-Din Rumi (séc. XIII) exclamava:

“Oh dia levanta-te... os átomos dançam, as almas arrebatadas do estase, dançam, o céu azul, a causa desse ser, a dança: te direi no ouvido onde conduz a sua dança: todos os átomos que existem no ar e no deserto – entenda-o bem –estão apaixonados por nós e cada um deles, feliz ou infeliz, se encontram deslumbrando pelo sol da alma incondicional."

Trecho de Rolando Toro.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Minha sétima postagem.
Acabo de ver uma cena incrível.
Começou a chover repentinamente.
Do lugar de onde estava, dava pra ver as gotas de chuva cair como se estivessem em câmara lenta.
Foi um momento bonito.
As vezes estamos no meio de ruídos, de acelerações, mas podemos também ser leves e tranquilos.
O barulho não era de uma chuva tranquila.
Mas ao chegar na janela, meu coração aquietou.

sábado, 18 de julho de 2009

Mais uma fuga na noite.



Silêncio.

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Como um animal, sorrateiramente, ela conseguiu chegar até a porta.
Abriu com muito cuidado, segurando as outras chaves para não quebrar aquele silêncio acolhedor, cúmplice.

Ah... o cheiro da noite!
Sim, ela sentia! SENTIA! Queria poder gritar, mas não faria isso com o seu grande amigo que vigiava noite a noite as sua experiências. O Silêncio.

A terra estava seca. Há dias que não chovia. Mas algo lhe dizia que aquela noite seria diferente.
Deitou-se, olhou as estrelas, identificou algumas. Sorriu. Seu olhos brilharam quando um estrela deu um belo salto como os que via nos espetáculos de circo. "Isso significa sorte!"
Agora ela está de bruços. Debruçada em pensamentos, sensações.
Uma lágrima veio. Ela não sabia ao certo se era tristeza, emoção, ou se era uma mistura de tudo que vinha à tona quando conseguia se libertar do quarto escuro.
Deixou que suas lágrimas umedecessem o solo, que neste momento ela abraçava.
Da sua maneira, ela dava amor à terra. Algumas vezes, fazia amor com ela.
As duas juntas. Sedentas. Uma de amor e chuva. A outra de amor e liberdade.
Sentiu um arrepio, e depois prazer em forma de gotas que tocavam sua pele suavemente. E antes que pudessem denunciar a sua fuga, tirou o vestido e a calcinha e pendurou-os na janela para que não os vissem molhado na manhã seguinte.


Ficou ainda um tempo. Sentindo...


Seu amigo deu espaço a uma melodia de sons criados pelas gotículas no telhado.
Lágrima, chuva, suor. Fluidos dançando em seu corpo.
E antes que pudesse se satisfazer, a chuva foi diminuido... diminuido... até fazer cócegas.
Era o seu jeito de dizer: "Vai, se recolhe, menina, para que possamos desfrutar mais momentos juntas sem que descubram."

E ela foi.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mulheres fazendo a diferença!

Existem dados que confirmam que cada mulher, ao longo de sua vida fértil, irá consumir algo em torno de 10 mil absorventes descartáveis, que ficarão aí pelo mundo por volta de uns 100 anos... Também falam sobre doenças ginecológicas que podem ser associadas ao uso dos absorventes descartáveis. Tudo isso pode ser encontrado na internet, não vou colocar aqui para não fugir do foco que é a presentação destes dois modelos de absorventes:

Há um tempo atrás escutei sobre o Abiosorvente...


Esta é uma opção saudável, pois o absorvente é feito de 100% algodão hipoalérgico, lavável, reutilizável e com uma vida útil de 6 a 10 anos.


Ele possui as mesmas dimensões do descartável, e após usa-lo deixar de molho em água (esta água usada pode servir para aguar as plantas, pois é rica em nutrientes) e em seguida lavar com sabão de coco.







O copo menstrual Lunettetm é uma inovadora proteção para usar durante a menstruação, fabricada na Finlândia. Trata-se de uma alternativa higiênica ao uso de tampões e absorventes, fácil de usar e segura. Usando o copo menstrual protege também o ambiente, poupa dinheiro, e fica com a consciência tranquila. Só necessita de um copo que usado corretamente e com os cuidados apropriados pode durar anos, esta é a razão pela qual o copo Lunettetm é muito prático e ecológico. O copo menstrual Lunettetm é a escolha ideal para as mulheres que se preocupam consigo mesmas e com o meio ambiente!



Além das informações nos sites, existem algumas comunidades no orkut com diversas dicas sobre como usar, como fazer a limpeza correta, os benefícios, testemunhos, enfim!

Existem muitas mulheres fazendo a diferença!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

É absurdo?



Será que é tão absurdo lamentar a morte de Michael Jackson?
Não acredito que uma pessoa que escrevia, dançava e brilhava como ele pode simplesmente morrer e pronto.
Nunca fui fã dele, mas acompanho desde criança por influência de um tio que tem todos os discos. E via que as músicas dele têm um conteúdo de amor incondicional pelo planeta e pelas pessoas. Da forma dele, ele deve ter feito a sua parte.
Mas antes de levantar sua pedra para Michael Jackson, o que você faz pelo seu planeta?
Você já encheu o saco de tantos ambientalistas alertando da situação e quer mais é comer seu churrasco e tomar banhos e mais banhos de banheira?
Você acha brega falar de amor e recrimina qualquer pessoa que fale de amor?

Me entristece.
Eu lamento sim a morte de um pessoa que antes do planeta chegar neste estado crítico, já nos alertava para a cura do mundo.

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Segue um texto de Elisa Lucinda - We are the children

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"Quem me conhece sabe que não é do meu feitio batizar em outra língua uma publicação brasileira. Mas o título exerce dominação no meu peito esta semana em que fui mestre de cerimônia nos jardins do Palácio Guanabara, repleto de suas habituais autoridades e de cidadãos que raramente frequentam estes ares. Era lançamento nacional do programa Plataforma dos Centros Urbanos, uma iniciativa iluminada do Unicef, que viabiliza ações de desenvolvimento integral dos indivíduos nas cidades, a partir do olhar desta galera. São eles os GAL’s(Grupos Articuladores Locais)compostos de jovens que entrevistam, pesquisam sobre o que é vulnerável em sua comunidade, e conduzem a realização de prioridades e demandas de sua aldeia, digamos assim. Era também nesta tarde a posse de Lázaro Ramos, queridíssimo ator baiano, como embaixador do Unicef. Pois quando Marie Pierre, diretora do Unicef, me deu a palavra para que eu o homenageasse, a reflexão que tomou o proscênio de meu afeto foi a seguinte: no momento em que o mundo se despede precocemente de seu ídolo pop negro mais polêmico e criativo, este fato ganha novos recortes. Michael foi um menino abusado, explorado, castigado e mal criado pelo pai com a passiva e, não menos cruel, cumplicidade da mãe. E o pior, não só a sua aldeia, mas estas torpes histórias o mundo todo comentava. Um gênio maravilhoso, cuja infância foi roubada e cujo talento em vida sustentou aquela cambada, aquela mórbida e fria família, cujos olhos já brilham com os lucros da morte de seu gênio valiosíssimo. Um menino que ensinou ao mundo os passos da lua e era chamado de macaco pelo pai monstro com cara de cafetão escroto, morreu inseguro, infeliz, esfacelado nos trapos da palavra identidade, desfigurado, retalhado na face, frágil, doente, anoréxico e esbranquiçado, depois de ter sido o primeiro a, com sua música pioneira e única, unir as vozes brancas e negras na América e fora dela. O mundo testemunhou a tragédia de um mártir que inscreveu no corpo, na cara, nas bizarras atitudes no patético castelo de horrores da terra do nunca, as contradições, as injustiças, o racismo e a crueldade de uma nação chamada de primeiro mundo e de uma civilização omissa e equivocada. Esta morte pode ser um alerta. O menino violentado ainda pequeno, afanado em seu direito de ser criança, não cresceu e, o que nele cresceu, não gostou do que viu. A dependência crônica dos analgésicos grita em nossos ouvidos como lhe doía viver. Mas me pergunto por que um milionário que foi sacaneado na infância e impedido de se construir fora dos palcos, uma vez que a base de seus casamentos e relações pessoais parecia seguir as leis da ficção, por que este homem rico de grana e tão comprometido psicológica e emocionalmente, morreu sem tratamento adequado? Ser um homem de cinquenta anos, cheio de Mickeys e Peterpans pelas paredes de seu quarto, criar aquela face indescritível de batom sob um nariz sem cartilagem e sob olhos infantis muito tristes não era bizarro, era loucura. Ele estava dodói e poderia, com uma boa terapia e tratamento psiquiátrico, ter tido um outro destino onde seu talento pudesse realizar o mundo e a ele mesmo ainda mais, onde ele pudesse se libertar de vez daquele demônio paterno. Meu Deus, e agora estava eu ali, diante de Lázaro, aquele brasileiro negro lindo, talentosíssimo, coerente em suas ações como artista, cidadão, solidário, antenado com suas responsabilidades neste mundão segregacionista, idealizador e apresentador de um programa chamado “Espelho”, e que, por isso mesmo dispensa explicações, egresso de um daqueles bairros pobres de Salvador mas que, dentro de toda a pobreza, foi criado como menino seguro, forte, amado pelo pais, ancorados no amor por si e pelos seus. Ouvi o discurso simples do jovem embaixador, sua brilhante inteligência sob cabelos muito bons e crespos, um sorriso luminoso e delicioso, com aquela mesma cara ensolarada do primeiro Michael, o menino de ouro do gupo Jackson Five, de nariz largo, voz linda, cheio de sonhos cantando I’ll be there. Lázaro foi emblemático para mim naquela tarde de uma cerimônia patrocinada por uma instituição cujo foco, cuja mola mestra é a infância. Meus senhores, não há futuro possível sem uma infância e adolescência cuidadas. É uma conta que, geralmente, desanda. Ainda tem muito menino preto que cresce achando que só pode lhe sobrar ser “Triller” e “Bad”, ser preto e mau. O tema é amplo, toda criança, de qualquer tom ou origem social, merece uma opção de vida cidadã. Então, ao mesmo tempo em que meu coração chorava em luto por quem foi talvez a mais triste e genial criança americana, uma forte luz vinha daquela tarde representada em Lázaro, como a me dizer que novos tempos se anunciam. No momento em que a crise do mundo quebra as pernas da arrogância da razão, novas plataformas mais emocionais, mais humanas, mais responsáveis, surgem para dar a mão e novas saídas para o menino mundo; o que sempre é e sempre será feito de ex-crianças, de crianças que cresceram . Uma criança que não tem a infância roubada, pode envelhecer em paz, e, sem enlouquecer, viver pra sempre".

quinta-feira, 9 de julho de 2009

"O que você vai ser quando crescer?"

Médica! Pediatra! Estilista! Agente especial do FBI! Astronauta! Astrônoma? Astróloga! Sexóloga?Psicológa? Decoradora! Bióloga? Marinha! Naturóloga! Dançarina!? Terapeuta corporal? Professora?